O CLÁSSICO DOS GALINHEIROS

19/05/2009 - 15:39

Enviado por: wilson yoshio
O CLÁSSICO DOS GALINHEIROS

Foi no tempo que a Perdigão tinha o melhor quinteto de futsal do Brasil com Pança no gol, Jackson, Morruga , e a Sadia o melhor de SC. Lá por 84,85.

Eu tinha montado um time de futsal chamado Dólar,porque o cruzeiro não valia nada e nós, jogadores, formamos a dissidencia de um time de campo homonimo que só jogava aos domingos e partimos pro futsal e, futebol-sete ou suíço, que é o nosso society. nas noites de semana do interior gaúcho, urgia alguém urdir algo prá contraponto às novelas e baralho, bocha, bolão ( uma variação do boliche). aí eu formava times de sinuca de mesinha, os mata-mata e saíamos em caravana, prá jogar valendo janta.

Na sinuca, rapidinho, numa cortada só, sumiram os desafios. Na despedida contei o pulo do taco,ztz! do gato. vcs põe o melhor taco contra eu, errado, meu ponto é certo.vcs tem que por o campeão docês contra qualquer um do meu time, prá ter disputa, e equlibrar as bolas.

Então nos sábados jogávamos futebol-sete.aos domingos, campo.
O rádio, sintonizado ao meio dia, os horários de esporte, time de tal linha ( vila) quer jogar dia tal, em casa ou fora. a confirmação era pelo mesmo programa. O Dólar ficou 25 invictas, entre fronteiras RS-SC.
Aí ouvi… dia tal o clássico dos galinheiros, Perdigão X Sadia. Liguei prá lá, pro CDM ( comissão desportes municipal) e engatei a segunda preliminar, e a primeira ? ” é entre os vereadores X a rádio Rural da Sadia, os vereadores de gravata e os radialistas pilchados “( de bombacha, o traje típico gaúcho). E quem apita, veste o que, Rogério ? “pois é, nós gostaríamos de alguma sugestão?”
Na hora.bolei …(eu) um apita, sopra num berrante, pilchado, outro de fatiota ( terno). o cartão amarelo é um tiro de revólver de espoleta, dois o vermelho.Toparam. E divulgaram, o inusitado.

O jogo foi uma pândega, uma trova ( chiste ). Edis X Dials.berrantar,é impossível, sopra, sopra e nada, usei apito. Eu dei um tiro
( amarelo) num radialista. no intervalo testei a arma, deu tilt.Aguentar as provocações do locutor foi overdose, ou melhor, overádio!

o catarina pedia ” ô seu japonês! dá dois tiros, me expulsa , num guento mais correr!(?!?! )
num posso pedir água que vão ser só trovas, dá os tiros prá mim ficar bem na rádio, e contar o causo”…

Não dei,mas não podia contar o porque. (20 anos após, o revi num passeio de jipe ,rumo a um museu de borboletas fundado por um austríaco, e passei jipado, não expliquei..)

No jogo Dólar X seleção do interior, eu era o técnico do primeiro. todo mundo nos conhecia de ouvir falar. os times jogavam no 2-1-1. O Dólar no 1-2-1. Eu tinha muitas jogadas ensaiadas, manhas de entrar com alas invertidos, prá explorar um canhoto e um fixo hábil, um bico, quase fatal.
Em faltas nós tinhamos um código: no corre-movimenta antes das faltas eu sincronizava os jogadores, gritando…101… 220..(final ímpar era bola pela esquerda, final par pela direita)

Aí o mesmo locutor veio me entrevistar ” vcs tem +_300 jogadas, ensaiadas de falta?” Eu, sério: é, porque ,não tenho mais tempo prá ensaiar o resto.
É como eu digo: vinga se melhor quem ri por último.

E o clássico dos galinheiros? Deu Perdigão, fácil. foi só sair o Jackson ” o maior do mundo no futsal” ( que se radicou em Videira, parece,trabalhando na empresa), entrar o reserva Reinaldo, que não tinha 10% da habilidade do titular mas fazia gol, daqueles que o goleiro soca o piso, de raiva ” minha mãe-de-santo, como essa bola entrou?”

E a foto? tem foto? todos cobram a prova do time,ztz! do crime! Estive lá, no fotógrafo.Já faleceu, sua esposa não sabia dos negativos, mas lembrava do jogo.

Chamei meu chonan prá escutar. Não tinha a foto, mas tinha a testemunha oral. pois é! eu conto o causo e mostro o áudio!